Com o propósito de orientar o encaminhamento e a avaliação dos artigos para as sessões paralelas e plenárias, as seguintes áreas temáticas devem ser consideradas para submissão:
Essa área temática abrange estudos relacionados ao gerenciamento financeiro, análise de riscos e aplicações atuariais, com enfoque em aspectos práticos e teóricos que afetam indivíduos, empresas e instituições financeiras. A área inclui pesquisas que tratam de tópicos como finanças corporativas, precificação de ativos, mercados financeiros, seguros e pensões, e modelagem de riscos, entre outros.
Entre os temas abordados, destacam-se:A área incentiva estudos com abordagens qualitativas, quantitativas e mistas, bem como trabalhos interdisciplinares que explorem as intersecções entre finanças, risco e atuária, especialmente no contexto de transições econômicas e digitais.
Compreende o campo de pesquisa e a prática de temas atuais relacionados à Auditoria Interna e Externa e Perícia, considerando os efeitos da nova regulamentação ou pronunciamentos e as implicações da evolução tecnológica e/ou de mercado em processos de auditoria. Como referência exemplificativa fazem parte desta área, entre outros, os seguintes temas: Assurance; auditoria interna e externa; auditoria de TI; normas internacionais de auditoria; responsabilidade do auditor na detecção de fraudes e erros; ceticismo profissional, comitê de auditoria, auditoria como mecanismo de governança; rodízio voluntário e compulsório da empresa de auditoria; mediação e arbitragem; perícia contábil; responsabilidade penal e civil do perito-contador; e educação profissional continuada do auditor independente e do perito-contador; aspectos comportamentais do auditor e do perito; inteligência artificial no trabalho da auditoria e perícia.
A área temática de Contabilidade para Usuários Externos abrange estudos que explorem a produção, divulgação e uso de informações financeiras voltadas aos usuários externos, como investidores, credores, analistas, reguladores e outros stakeholders. São incentivadas pesquisas que investiguem os determinantes e as consequências da qualidade das informações contábeis, abrangendo divulgações obrigatórias e voluntárias, bem como a adoção e os impactos das normas internacionais de contabilidade IFRS - International Financial Reporting Standards.
Estudos empíricos e teóricos que apresentem contribuições para a prática, regulamentação ou literatura acadêmica são encorajados, além de trabalhos que tragam inovações metodológicas, abordem diferentes contextos econômicos e culturais ou ofereçam perspectivas práticas e estratégicas sobre o uso da informação contábil para a tomada de decisão.
Compreende o campo de pesquisa e estudos sobre contabilidade gerencial e controladoria e seu uso nas organizações a partir de diferentes perspectivas teóricas (tais como: econômica, social e psicológica) e metodológicas (qualitativa, quantitativa e método misto). Dentre os vários temas de interesse, contempla: contabilidade gerencial; análise e gestão de custos; avaliação de desempenho e recompensas; planejamento e gestão tributária; gestão da cadeia de produção; planejamento estratégico e controle orçamentário; sistemas de controle gerencial; sistemas de informações gerenciais; avaliação de projetos de investimentos; sustentabilidade; profissão do controller; entre outros. Como temas contemporâneos destacam-se os impactos da digitalização e da sustentabilidade na contabilidade e no controle gerencial. Os temas em questão se aplicam a diversos contextos de negócios como as empresas multinacionais, empresas familiares, organizações complexas e startups.
A área temática abrange pesquisas que buscam descrever, explicar, interpretar e/ou compreender a geração e a utilização de informações contábeis no âmbito da gestão de políticas públicas e de entidades governamentais e do terceiro setor, bem como na promoção da transparência e accountability.
Como referência exemplificativa fazem parte desta área os seguintes temas: contabilidade governamental na gestão de recursos públicos; finanças públicas (mecanismos de gestão do endividamento e solvência fiscal e demais controles sobre o gasto público, as receitas e operação de limites fiscais, eficiência); pesquisas sobre efeitos da ampliação da digitalização do setor público; organização e operação de sistemas de custos do setor público e no terceiro setor; temáticas associadas ao processo de normatização da divulgação de informação contábil e de sustentabilidade pelo setor público; pesquisas sobre orçamento público, seja como mecanismos de controle fiscal, alocação de recursos, elementos de distribuição de poder ou transparência; atuação e efeitos de mecanismos de controle; identificação, mensuração e gestão de valor público, entre diversas outros temas que estejam inseridos nessa área.
São bem-vindas pesquisas com diferentes epistemologias, metodologias e lentes teóricas. Em especial, pesquisas que utilizem ferramentas de data analytics em seu desenvolvimento.
Considerando a temática adotada para os Congressos USP 2025, são especialmente convidadas pesquisas que procurem contribuir com abordagens de sustentabilidade e inovação no setor público e no terceiro setor, trazendo questões relevantes para a profissão e para a academia.
A área temática Educação tem como objetivo a construção, socialização e visibilidade do conhecimento científico produzido por pesquisadores nacionais e estrangeiros. Congrega uma pluralidade de temas e problemas, proporcionando discussões e reflexões sobre os mais variados assuntos que estejam inseridos no âmbito da Educação e da Pesquisa em Contabilidade.
A área incentiva estudos com desenhos metodológicos e tópicos diversos, aplicados à área contábil, que se relacionam com educação, ensino, aprendizagem, pesquisa, tecnologias, metodologias, produção do conhecimento científico e aspectos relacionados ao ambiente acadêmico, estudantil e docente.
Entre algumas possibilidades de temas de interesse, estão: Gestão da Aprendizagem; Ambientes Digitais; Política da Educação Superior; Gestão Curricular; Avaliação da Educação Superior; Planejamento e Avaliação do Processo de Ensino/Aprendizagem; Estratégias de Ensino e Metodologias Ativas na Educação Superior; Teorias da Aprendizagem e do Ensino; Didática, Prática de Ensino e Currículo; Processos Relacionais: Professor, Estudante e Conteúdo; Formação e Desenvolvimento Profissional Docente; Desempenho Acadêmico; Evasão Escolar; Educação e Relações Étnico-Raciais; Gênero, Sexualidade e Educação; Inclusão, Direitos Humanos e Educação; Mídias Digitais e Mediação Pedagógica; Mundo do Trabalho; Educação na Era Digital; Leitura e Escrita na Educação Superior; Educação e Inteligência Emocional; Educação e Arte; Educação e Comunicação; Educação Empreendedora; Educação e Finanças Pessoais; Educação, Meio Ambiente e Sustentabilidade.
A tributação é uma ferramenta crucial para a gestão econômica do Estado, influenciando o comportamento dos agentes econômicos, a distribuição de renda e a alocação de recursos na sociedade. A correta apuração de tributos e a manutenção de registros financeiros transparentes asseguram a conformidade fiscal e fortalecem a confiança de investidores, governos e sociedade. Questões como a eficiência, a equidade e a simplicidade do sistema tributário são frequentemente debatidas, visando melhorar a justiça fiscal e o desenvolvimento econômico. Nesse debate, a pesquisa na área tributária vem evoluindo nas últimas décadas. A relação entre contabilidade, tributação, sustentabilidade e digitalização vem transformando o cenário econômico global, trazendo desafios e oportunidades tanto para os profissionais da área quanto para a academia. Com a crescente demanda por responsabilidade socioambiental, organizações agora enfrentam a necessidade de integrar relatórios ESG (Ambiental, Social e Governança) em suas práticas contábeis, permitindo a medição de impactos além dos financeiros. Alguns temas ainda carecem de maior desenvolvimento ou aperfeiçoamento, especialmente, avaliar o comportamento dos tributos, observando: (a) o ambiente interno (empresa): gestão, planejamento, evidenciação, organização operacional, institucional e societária, nível de governança, operações e perfil dos gestores; e (b) o ambiente externo: economia, sistema tributário, legislação e política tributária (complexidade e dinamismo), comportamento do contribuinte e incentivos fiscais. São escassas as pesquisas tributárias que busquem novos modelos, proxies e indicadores, ou até mesmo pesquisas que analisem o equilíbrio entre conformidade fiscal, inovação e impacto socioambiental. Nesse sentido, pesquisas que explorem esses temas são bem-vindas.
Esta área temática abrange pesquisas e práticas sobre tópicos relacionados à divulgação de informações de sustentabilidade e sua transversalidade com questões contábeis dentro de empresas, entidades governamentais, organizações do terceiro setor, instituições educacionais e outras entidades.
Abrange estudos sobre teorias, técnicas, ferramentas e práticas de governança, planejamento e controle, gestão de riscos, mensuração e divulgação de eventos ambientais e sociais em demonstrações financeiras ou relatórios de sustentabilidade/ESG, incluindo, entre outros, aspectos relacionados ao clima, água, biodiversidade, práticas trabalhistas, direitos humanos e desigualdade.
Como referência exemplificativa fazem parte desta área, entre outros, os seguintes temas: divulgações mandatórias do International Sustainability Standards Board (ISSB), da Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD) da União Européia e da Securities and Exchange Commission (SEC); iniciativas de divulgação voluntária como o Framework do Relato Integrado, Global Reporting Initiative (GRI), Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD), Sustainability Accounting Standards Board (SASB), Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), Carbon Disclosure Project (CDP), Balanço Contábil das Nações (BCN); estratégias e investimentos ESG/ASG (Ambiental, Social e de Governança); Contabilidade do Carbono; Contabilidade Emergética (emergia); indicadores e ratings de sustentabilidade; Contabilidade do Fluxo de Materiais; Análise de Ciclo de Vida (ACV).
Os estudos sobre a diversidade são necessários nos diferentes modelos de organizações e a atenção, atualmente recebida, advém das lutas travadas por pessoas e grupos não representados. A terminologia, importa destacar, engloba temas sensíveis, que produzem exclusões e, ainda, podem agravar as desigualdades sociais. A agenda de pesquisa ainda carece de inúmeros estudos que proponham caminhos e contribuições aos infindáveis problemas existentes sobre o assunto. O debate tem avançado nos diversos campos sociais, acadêmicos e profissionais no mundo e no Brasil, logo, torna-se indispensável também pensar qual o seu significado e representação no contexto das organizações contábeis. Abre-se, deste modo, a necessidade de estudos com as inúmeras abordagens metodológicas e que discutam, por exemplo, as questões relacionadas a gênero, raça, etnias, sexualidades, classe social, religião, origem, relações de trabalho, dentre outros. Sugerimos, diante da vasta possibilidade de pesquisa, os seguintes assuntos a serem produzidos para avaliação nesta área temática:
Abrange estudos que se dedicam a refletir sobre as circunstâncias, condições e consequências da prática da Contabilidade em diferentes contextos e momentos históricos. Trata-se de um campo de investigação que vai além do simples exame das normas e regras contabilísticas em si. Envolve a análise detalhada do mundo em que essas normas são aplicadas, bem como os impactos e implicações sociais, econômicas e políticas de sua utilização. O foco está em compreender não apenas as regras contábeis, mas o contexto em que elas foram ou deveriam ser utilizadas, buscando estabelecer semelhanças e diferenças com outros cenários históricos e contemporâneos, frequentemente usados como referenciais analíticos. Os autores são incentivados a explorar uma ampla gama de tópicos, como, por exemplo: (a) o uso da contabilidade em contextos históricos específicos como ferramenta para manter ou consolidar relações de poder, influência e controle em organizações de diferentes tipos e dentro de sociedades mais amplas; (b) a análise dos profissionais da contabilidade, incluindo a investigação de suas origens sociais, a presença ou ausência de mulheres na profissão, e as transformações nas funções desempenhadas por esses indivíduos ao longo do tempo; e (c) o papel social ocupado pelos praticantes da contabilidade, analisando como eles foram percebidos, valorizados ou marginalizados em diferentes períodos históricos e contextos culturais. Incentivamos a adoção de uma abordagem crítica e abrangente, ampliando a compreensão da contabilidade não apenas como uma técnica, mas como uma prática social intrinsecamente ligada às estruturas e dinâmicas da sociedade em que está inserida.
A área abrange estudos de questões de interesse direto dos profissionais atuantes no âmbito das organizações, principalmente os de contabilidade. A pesquisa orientada à prática pode abordar questões das mais diversas áreas da contabilidade, desde que as soluções sejam orientadas ao público praticante em organizações, em vez do público acadêmico.
Diversos são os métodos e técnicas de pesquisa empregados na Pesquisa Orientada à Prática, inclusive em um mesmo estudo, de acordo com o design. Exemplificativamente, mas não taxativamente, temos por exemplo: i) pesquisa empírica com arquivos de dados; ii) pesquisa empírica com análise de conteúdo; iii) estudo de caso, questionário, entrevista, análise de dados; iv) pesquisa intervencionista e pesquisa-ação; e v) Design Science Research Methodology (DSRM), quando a solução é o desenvolvimento de tecnologia ou outro artefato.
Mesmo com ênfase em problemas da prática, espera-se artigos tecnológicos e em relato técnico com escrita e fundamentação em bases teóricas apropriadas e atuais, com análise e descrição objetiva e sistemática, que indiquem as etapas e os passos para chegar na solução com vistas à avaliação da consistência e a replicação ou adaptação por outros profissionais ou organizações. Em suma, o método científico ainda se aplica em todas as suas nuances.
Portanto, submetam artigos de Pesquisa Orientada à Prática que proponham ou desenvolvam tecnologias ou artefatos: constructos, modelos, métodos, dispositivos ou outros tipos de instrumentos ou que provenham de estudos intervencionistas, de implementação de políticas contábeis, de implantação de sistemas ou de outras práticas. Com isso, esperamos divulgar estudos relevantes para melhoria ou inovação da prática dos profissionais e das próprias organizações.