Áreas do Congresso

Com o propósito de orientar o encaminhamento e a avaliação dos artigos para as sessões paralelas e plenárias, as seguintes áreas temáticas devem ser consideradas para submissão:

Essa área temática abrange estudos relacionados ao gerenciamento financeiro, análise de riscos e aplicações atuariais, com enfoque em aspectos práticos e teóricos que afetam indivíduos, empresas e instituições financeiras. A área inclui pesquisas que tratam de tópicos como finanças corporativas, precificação de ativos, mercados financeiros, seguros e pensões, e modelagem de riscos, entre outros.

Entre os temas abordados, destacam-se:
  • • Gestão de riscos financeiros (mercado, crédito, operacional e outros);
  • • Otimização e gestão de portfólios e análise de investimentos;
  • • Recuperação Judicial de empresas;
  • • Risco e retorno em diferentes classes de ativos;
  • • Derivativos e estratégias de hedge;
  • • Atuária aplicada a seguros de vida, saúde e previdência;
  • • Modelagem atuarial e avaliação de passivos contingentes;
  • • Finanças comportamentais e tomada de decisão sob incerteza;
  • • Cálculo de provisões técnicas e capital regulatório;
  • • Gestão de solvência em instituições financeiras e seguradoras;
  • • Impactos das mudanças regulatórias em finanças e atuária.

A área incentiva estudos com abordagens qualitativas, quantitativas e mistas, bem como trabalhos interdisciplinares que explorem as intersecções entre finanças, risco e atuária, especialmente no contexto de transições econômicas e digitais.

Coordenação:

Joelson Oliveira Úbida Sampaio




Jorge Luiz de Santana Júnior






Compreende o campo de pesquisa e a prática de temas atuais relacionados à Auditoria Interna e Externa e Perícia, considerando os efeitos da nova regulamentação ou pronunciamentos e as implicações da evolução tecnológica e/ou de mercado em processos de auditoria. Como referência exemplificativa fazem parte desta área, entre outros, os seguintes temas: Assurance; auditoria interna e externa; auditoria de TI; normas internacionais de auditoria; responsabilidade do auditor na detecção de fraudes e erros; ceticismo profissional, comitê de auditoria, auditoria como mecanismo de governança; rodízio voluntário e compulsório da empresa de auditoria; mediação e arbitragem; perícia contábil; responsabilidade penal e civil do perito-contador; e educação profissional continuada do auditor independente e do perito-contador; aspectos comportamentais do auditor e do perito; inteligência artificial no trabalho da auditoria e perícia.

Coordenação:

Paulo Roberto da Cunha






A área temática de Contabilidade para Usuários Externos abrange estudos que explorem a produção, divulgação e uso de informações financeiras voltadas aos usuários externos, como investidores, credores, analistas, reguladores e outros stakeholders. São incentivadas pesquisas que investiguem os determinantes e as consequências da qualidade das informações contábeis, abrangendo divulgações obrigatórias e voluntárias, bem como a adoção e os impactos das normas internacionais de contabilidade IFRS - International Financial Reporting Standards.

Estudos empíricos e teóricos que apresentem contribuições para a prática, regulamentação ou literatura acadêmica são encorajados, além de trabalhos que tragam inovações metodológicas, abordem diferentes contextos econômicos e culturais ou ofereçam perspectivas práticas e estratégicas sobre o uso da informação contábil para a tomada de decisão.

Coordenação:

Flávia Zóboli Dalmacio




Joanilia Neide de Sales Cia






Compreende o campo de pesquisa e estudos sobre contabilidade gerencial e controladoria e seu uso nas organizações a partir de diferentes perspectivas teóricas (tais como: econômica, social e psicológica) e metodológicas (qualitativa, quantitativa e método misto). Dentre os vários temas de interesse, contempla: contabilidade gerencial; análise e gestão de custos; avaliação de desempenho e recompensas; planejamento e gestão tributária; gestão da cadeia de produção; planejamento estratégico e controle orçamentário; sistemas de controle gerencial; sistemas de informações gerenciais; avaliação de projetos de investimentos; sustentabilidade; profissão do controller; entre outros. Como temas contemporâneos destacam-se os impactos da digitalização e da sustentabilidade na contabilidade e no controle gerencial. Os temas em questão se aplicam a diversos contextos de negócios como as empresas multinacionais, empresas familiares, organizações complexas e startups.

Coordenação:

Daniel Magalhães Mucci




Franciele Beck






A área temática abrange pesquisas que buscam descrever, explicar, interpretar e/ou compreender a geração e a utilização de informações contábeis no âmbito da gestão de políticas públicas e de entidades governamentais e do terceiro setor, bem como na promoção da transparência e accountability.

Como referência exemplificativa fazem parte desta área os seguintes temas: contabilidade governamental na gestão de recursos públicos; finanças públicas (mecanismos de gestão do endividamento e solvência fiscal e demais controles sobre o gasto público, as receitas e operação de limites fiscais, eficiência); pesquisas sobre efeitos da ampliação da digitalização do setor público; organização e operação de sistemas de custos do setor público e no terceiro setor; temáticas associadas ao processo de normatização da divulgação de informação contábil e de sustentabilidade pelo setor público; pesquisas sobre orçamento público, seja como mecanismos de controle fiscal, alocação de recursos, elementos de distribuição de poder ou transparência; atuação e efeitos de mecanismos de controle; identificação, mensuração e gestão de valor público, entre diversas outros temas que estejam inseridos nessa área.

São bem-vindas pesquisas com diferentes epistemologias, metodologias e lentes teóricas. Em especial, pesquisas que utilizem ferramentas de data analytics em seu desenvolvimento.

Considerando a temática adotada para os Congressos USP 2025, são especialmente convidadas pesquisas que procurem contribuir com abordagens de sustentabilidade e inovação no setor público e no terceiro setor, trazendo questões relevantes para a profissão e para a academia.

Coordenação:

Henrique Portulhak




Ricardo Rocha de Azevedo






A área temática Educação tem como objetivo a construção, socialização e visibilidade do conhecimento científico produzido por pesquisadores nacionais e estrangeiros. Congrega uma pluralidade de temas e problemas, proporcionando discussões e reflexões sobre os mais variados assuntos que estejam inseridos no âmbito da Educação e da Pesquisa em Contabilidade.

A área incentiva estudos com desenhos metodológicos e tópicos diversos, aplicados à área contábil, que se relacionam com educação, ensino, aprendizagem, pesquisa, tecnologias, metodologias, produção do conhecimento científico e aspectos relacionados ao ambiente acadêmico, estudantil e docente.

Entre algumas possibilidades de temas de interesse, estão: Gestão da Aprendizagem; Ambientes Digitais; Política da Educação Superior; Gestão Curricular; Avaliação da Educação Superior; Planejamento e Avaliação do Processo de Ensino/Aprendizagem; Estratégias de Ensino e Metodologias Ativas na Educação Superior; Teorias da Aprendizagem e do Ensino; Didática, Prática de Ensino e Currículo; Processos Relacionais: Professor, Estudante e Conteúdo; Formação e Desenvolvimento Profissional Docente; Desempenho Acadêmico; Evasão Escolar; Educação e Relações Étnico-Raciais; Gênero, Sexualidade e Educação; Inclusão, Direitos Humanos e Educação; Mídias Digitais e Mediação Pedagógica; Mundo do Trabalho; Educação na Era Digital; Leitura e Escrita na Educação Superior; Educação e Inteligência Emocional; Educação e Arte; Educação e Comunicação; Educação Empreendedora; Educação e Finanças Pessoais; Educação, Meio Ambiente e Sustentabilidade.

Coordenação:

Eduardo Bona Safe de Matos






A tributação é uma ferramenta crucial para a gestão econômica do Estado, influenciando o comportamento dos agentes econômicos, a distribuição de renda e a alocação de recursos na sociedade. A correta apuração de tributos e a manutenção de registros financeiros transparentes asseguram a conformidade fiscal e fortalecem a confiança de investidores, governos e sociedade. Questões como a eficiência, a equidade e a simplicidade do sistema tributário são frequentemente debatidas, visando melhorar a justiça fiscal e o desenvolvimento econômico. Nesse debate, a pesquisa na área tributária vem evoluindo nas últimas décadas. A relação entre contabilidade, tributação, sustentabilidade e digitalização vem transformando o cenário econômico global, trazendo desafios e oportunidades tanto para os profissionais da área quanto para a academia. Com a crescente demanda por responsabilidade socioambiental, organizações agora enfrentam a necessidade de integrar relatórios ESG (Ambiental, Social e Governança) em suas práticas contábeis, permitindo a medição de impactos além dos financeiros. Alguns temas ainda carecem de maior desenvolvimento ou aperfeiçoamento, especialmente, avaliar o comportamento dos tributos, observando: (a) o ambiente interno (empresa): gestão, planejamento, evidenciação, organização operacional, institucional e societária, nível de governança, operações e perfil dos gestores; e (b) o ambiente externo: economia, sistema tributário, legislação e política tributária (complexidade e dinamismo), comportamento do contribuinte e incentivos fiscais. São escassas as pesquisas tributárias que busquem novos modelos, proxies e indicadores, ou até mesmo pesquisas que analisem o equilíbrio entre conformidade fiscal, inovação e impacto socioambiental. Nesse sentido, pesquisas que explorem esses temas são bem-vindas.

Coordenação:

Jorge de Souza Bispo






Esta área temática abrange pesquisas e práticas sobre tópicos relacionados à divulgação de informações de sustentabilidade e sua transversalidade com questões contábeis dentro de empresas, entidades governamentais, organizações do terceiro setor, instituições educacionais e outras entidades.

Abrange estudos sobre teorias, técnicas, ferramentas e práticas de governança, planejamento e controle, gestão de riscos, mensuração e divulgação de eventos ambientais e sociais em demonstrações financeiras ou relatórios de sustentabilidade/ESG, incluindo, entre outros, aspectos relacionados ao clima, água, biodiversidade, práticas trabalhistas, direitos humanos e desigualdade.

Como referência exemplificativa fazem parte desta área, entre outros, os seguintes temas: divulgações mandatórias do International Sustainability Standards Board (ISSB), da Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD) da União Européia e da Securities and Exchange Commission (SEC); iniciativas de divulgação voluntária como o Framework do Relato Integrado, Global Reporting Initiative (GRI), Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD), Sustainability Accounting Standards Board (SASB), Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), Carbon Disclosure Project (CDP), Balanço Contábil das Nações (BCN); estratégias e investimentos ESG/ASG (Ambiental, Social e de Governança); Contabilidade do Carbono; Contabilidade Emergética (emergia); indicadores e ratings de sustentabilidade; Contabilidade do Fluxo de Materiais; Análise de Ciclo de Vida (ACV).

Coordenação:

Solange Garcia dos Reis






Os estudos sobre a diversidade são necessários nos diferentes modelos de organizações e a atenção, atualmente recebida, advém das lutas travadas por pessoas e grupos não representados. A terminologia, importa destacar, engloba temas sensíveis, que produzem exclusões e, ainda, podem agravar as desigualdades sociais. A agenda de pesquisa ainda carece de inúmeros estudos que proponham caminhos e contribuições aos infindáveis problemas existentes sobre o assunto. O debate tem avançado nos diversos campos sociais, acadêmicos e profissionais no mundo e no Brasil, logo, torna-se indispensável também pensar qual o seu significado e representação no contexto das organizações contábeis. Abre-se, deste modo, a necessidade de estudos com as inúmeras abordagens metodológicas e que discutam, por exemplo, as questões relacionadas a gênero, raça, etnias, sexualidades, classe social, religião, origem, relações de trabalho, dentre outros. Sugerimos, diante da vasta possibilidade de pesquisa, os seguintes assuntos a serem produzidos para avaliação nesta área temática:

  • • Histórico das relações de gênero e raça;
  • • Gênero, raça e outros marcadores sociais (interseccionalidade) na Contabilidade;
  • • Estereótipos de gênero e raça em amplas perspectivas organizacionais;
  • • Profissionalidade, interseccionalidade e sustentabilidade na contabilidade;
  • • Mulheridades e outras masculinidades no contexto organizacional e/ou contábil;
  • • Maternidade, paternidade e cuidado em amplas perspectivas organizacionais;
  • • Inclusão de pessoas LGBTQIAP+ e outros grupos não-hegemônicos;
  • • Políticas afirmativas na esfera profissional;
  • • Relações de trabalho, gênero e sustentabilidade;
  • • Contabilidade e racismo ambiental;
  • • Etarismo e as questões geracionais na contabilidade e de gestão;
  • • Comunidade originárias, suas demandas e o papel da contabilidade;
  • • Religiões e contabilidade;
  • • Coletividades e experiências institucionais dentro da contabilidade;
  • • Ética nas relações de trabalho da contabilidade.

Coordenação:

Daniel de Jesus Pereira






Abrange estudos que se dedicam a refletir sobre as circunstâncias, condições e consequências da prática da Contabilidade em diferentes contextos e momentos históricos. Trata-se de um campo de investigação que vai além do simples exame das normas e regras contabilísticas em si. Envolve a análise detalhada do mundo em que essas normas são aplicadas, bem como os impactos e implicações sociais, econômicas e políticas de sua utilização. O foco está em compreender não apenas as regras contábeis, mas o contexto em que elas foram ou deveriam ser utilizadas, buscando estabelecer semelhanças e diferenças com outros cenários históricos e contemporâneos, frequentemente usados como referenciais analíticos. Os autores são incentivados a explorar uma ampla gama de tópicos, como, por exemplo: (a) o uso da contabilidade em contextos históricos específicos como ferramenta para manter ou consolidar relações de poder, influência e controle em organizações de diferentes tipos e dentro de sociedades mais amplas; (b) a análise dos profissionais da contabilidade, incluindo a investigação de suas origens sociais, a presença ou ausência de mulheres na profissão, e as transformações nas funções desempenhadas por esses indivíduos ao longo do tempo; e (c) o papel social ocupado pelos praticantes da contabilidade, analisando como eles foram percebidos, valorizados ou marginalizados em diferentes períodos históricos e contextos culturais. Incentivamos a adoção de uma abordagem crítica e abrangente, ampliando a compreensão da contabilidade não apenas como uma técnica, mas como uma prática social intrinsecamente ligada às estruturas e dinâmicas da sociedade em que está inserida.

Coordenação:

Angélica Vasconcelos